quarta-feira, 10 de abril de 2013

Apesar de fechada ao público, pastores acompanham reunião de Feliciano


MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Apesar da restrição de acesso ao público na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, um grupo de oito pastores evangélicos consegue acompanhar a reunião nesta quarta-feira (10). A triagem de quem poderia entrar na sessão foi realizada pela Polícia Legislativa. Os pastores não quiseram se identificar para a reportagem, mas estavam com crachás da 41º Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Manifestantes ligados aos movimentos sociais que cobram a saída de Feliciano, no entanto, foram barrados e ficaram pelos corredores da Câmara. A sessão começou aberta, mas após tumulto, o presidente do colegiado, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), voltou a restringir o acesso do público na sala onde ocorre a reunião.

Veja no vídeo abaixo a 'guerra de torcidas' na comissão
A medida foi tomada após seis minutos da abertura do encontro, no qual Feliciano voltou a ser hostilizado por manifestantes que, aos gritos, o chamavam de racista e homofóbico, além de o acusarem de incitar o ódio. O deputado foi defendido por um grupo de 40 evangélicos que lotaram a sala e pediam para que ele ficasse.

A reunião foi suspensa e transferida para outra sala. Feliciano chegou a pedir respeito aos manifestantes. "Peço que vocês se comportem com a educação que teriam se estivessem em casa". O apelo não teve efeito. Manifestantes dos dois grupos foram contidos por seguranças da Câmara, iniciando um tumulto, com empurra-empurra. Ninguém foi detido.

Na semana passada, para evitar protestos, Feliciano aprovou requerimento fechando por tempo indeterminado as reuniões da comissão. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), derrubou a proibição. Ficou acertado, no entanto, que diante de novos tumultos as reuniões poderiam voltar a ser fechadas.

ORAÇÃO

Dispostos a dar sustentação a Feliciano, um grupo de 40 evangélicos chegou com duas horas de antecedência à sala onde estava prevista reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Antes do início da reunião, os religiosos fizeram orações e discursos em defesa do deputado, que é acusado de racismo e homofobia por movimentos sociais.

Com a sala praticamente lotada por evangélicos, em um primeiro momento, a Polícia Legislativa estava restringindo a presença de ativistas contrários a Feliciano, mas depois liberaram. Antes do tumulto, os dois grupos estavam com cartazes, sendo que um deles lembra a cantora Daniela Mercury, que assumiu a homossexualidade na semana passada e criticou Feliciano.

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