domingo, 14 de abril de 2013

Henrique Alves: “O crédito rural é elaborado como se a seca não existisse, não interferisse no processo produtivo”

 

7149 Presidente da Câmara dos Deputados fez palestra sobre a seca no Nordeste

E numa breve retrospectiva sobre a seca,  o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, relatou em Mossoró que a seca de 1951 e 1952 levou o Governo Federal à criação do Bando do Nordeste com a finalidade de agenciar o desenvolvimento da região e de implantar o crédito rural ajustando-o às necessidades do semi-árido. A seca de 1958 levou o país à comoção e o presidente Juscelino criou a Sudene. Nesse mesmo ano, o deputado federal Aluizio Alves apresentou e aprovou no Congresso Nacional uma lei que conceituava o que devia ser o crédito rural, um instrumento necessário a financiar a infraestrutura das fazendas produtivas no longo prazo.

“Nascia nessa lei, que levou o nome do seu autor, o conceito de que a seca deve ser a razão da norma do crédito. Ou seja: a seca determina as bases e as condições de crédito”, disse o deputado. Para Henrique Alves, hoje ocorre contrário: o crédito rural é elaborado como se a seca não existisse, não interferisse no processo produtivo e, por isso, ela não requeresse urgência das instituições, sempre lentas e perplexas diante do que é normal e recorrente. “Se meu pai compreendeu a natureza da seca e do crédito em 1958, tantos anos depois aquela ação apresenta-se como exemplo ao desafio que vamos enfrentar”.

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