Por Carlos Chagas
Anunciou-se para aquela noite nova festa no céu. Alvoroçou-se o sapo, que jamais havia comparecido a uma daquelas tão faladas comemorações. Escondeu-se na viola do urubú e esperou, recompensado ao perceber que estavam voando. A festa foi uma beleza. Comida e bebida para todos, música e alegria. O dia ia amanhecendo quando os bichos começaram a voltar, mas sem poder achar a viola do urubu, que já tinha ido embora, o sapo acabou descoberto e chutado aqui para baixo. Despencou.
A imagem se apresenta a propósito da festa a que o PSD pretende comparecer, ano que vem. Julga-se, o novo partido, igual aos demais, apesar de recém-criado. Já se movimenta para pegar carona na viola do urubu, quer dizer, na experiência do PT. O prefeito Kassab transita entre os dirigentes partidários mais ou menos como o sapo na festa do céu. Todos imaginam que, estando lá, não chegou de carona ou sem saber voar. O diabo será quando a festa acabar, com a apuração dos votos dados aos candidatos a prefeito das capitais e principais cidades. Nessa hora, ficará claro que o sapo não tem asas, ou melhor, o PSD carece de eleitores. Assim, restará despencar lá das nuvens, para a dura realidade aqui de baixo.
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